quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Raisparta a chuva

Eu sei que o inverno começou ontem e que a chuva é fruta da época. Mas com tantos invernos de seca, logo este, que eu tive de fazer obras na aldeia, é que havia de ser de dilúvio?
Enfim, nem tudo é nefasto na chuva. Se, por um lado, tenho os interiores por pintar, porque os betumes não secam, por outro a bela da chuva que me levou a partir para a decisão de fazer obras, pouco a pouco vai revelando a verdadeira origem da água que aparecia em casa e que se não chovesse, dificilmente seria detectada.
A do quarto, pensamos já estar resolvida. Mas… há sempre um "mas" a encravar o sistema e, neste caso o "mas" é que há outra fonte em casa. No espaço que foi em tempos um pequeno pátio, mais tarde transformado em marquise e agora em casa de banho, depois de retirado o pavimento velho, também começou a aparecer água, proveniente dos terrenos encostados e mais altos em cerca de cinquenta centímetros. A solução passa por escavar o quintal do vizinho e isolar a parede com uma tela de borracha especial, coisa não muito difícil de executar, por se tratar de uma parede com menos de três metros. Problema mesmo é o estado ensopado do terreno. Argila ensopada não é fácil de cavar e essa parte da obra vai ficar por acabar. Até porque esta casa de banho (equipada apenas com polibã e lavatório), irá servir apenas o quarto, porque a casa tem outra casa de banho.
E agora a novidade:
a salamandra está montada e prontinha a funcionar.
E no próximo sábado vai ser testada, não vá o tubo ter fugas de fumos para o interior.
Mas eu ando mesmo com um "galo" do caraças e hoje, quando estava no terraço a cortar uma espécie de lenha que me deram (na verdade são tábuas de paletes, mas enquanto arde esta, não arde a de sobro, que vou comprar), contra o que é habitual, começou a chover de Norte (Nordeste, vá...), que é como quem diz: de frente para mim.
Acho que aquilo lá por cima anda uma bandalheira. O S. Pedro passa a vida na rambóia com os anjinhos e já não há quem tome conta do tempo. Chove de todos os lados.
Lá diz o povo, na sua imensa sabedoria:

Quando Deus queria, até de Norte chovia.

Provérbio que eu, com a fúria de não poder cortar o resto da lenha e ter de andar a varrer serradura debaixo de chuva, acabei por adulterar para:

Quando Deus me quer fod#r, até de Norte faz chover!

3 comentários:

Liliana Sampaio disse...

lol Pois é, Zé Galo, nós não mandamos mesmo nadinha, temos que aguentar e pronto!
Por aqui chove de caraças e vento, nem imaginas! Que rico Natal... Mas, pronto, está tudo de saúde, é o que interessa.
Sabes, cá em casa também se aproveita a madeira das paletes - sempre dá para poupar nos cavacos, que é como se diz cá em cima. :)

Aproveito para te desejar um Feliz Natal, recheado de coisas boas (para compensar o mau tempo). Beijocas po galinheiro

MarKekas disse...

RCC!! Bela alteração do provérbio!

Quem diria que tinhas outra fonte em casa. Rogaram-te uma praga ou quê??

Tens é ai uma ganda salamandra!! Espero que não tenha fugas no tubo.. só faltava mais essa! :P

Anónimo disse...

Olha Galo mas ficou muito bonitinho, sim sr.
Espero que o teu Natal tenha corrido bem.
Um beijinho.